sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Verdadeiro Adorador? Que nada!




O Homem é o centro e o ápice da Criação de Deus. Foi constituído de dons, criado para a liberdade, tendo criatividade para viver consigo mesmo, com o próximo, com a natureza e com a sociedade, sem contar o viver separado, à parte do domínio do mal. O fundamento do Homem está em Deus, nasce Dele, tem origem Nele. O Deus Javé que, em sua superioridade, está acima de todas as coisas também entra em contato com a sua Criação, sendo assim, requer-se do Homem adoração, dependência. Cabe a este render-lhe culto, amá-lo. Aqui entramos na polêmica atual concernente à adoração: Como adorar a Deus? O que é adorar a Deus? Trago supostas respostas antes de comentar a situação instaurada no momento:

1)À semelhança de Salmos 103, adoramos a Deus por tudo que fez,  tem feito e vai fazer: benefícios, perdão, cura, redenção, amor, piedade, compaixão, vida longa, renovo, justiça, revelação; rendemos-Lhe culto porque Ele é: Deus Bendito, Santo, Deus da nossa alma, Perdoador, Redentor e Justo.

2)Seguindo o exemplo dos salmistas que compilaram os últimos hinos no Livro das Orações (Salmos 145-150), adoramos a Deus pelo Seu Nome e Seu Amor, adoramos a um Deus Vivo que é Libertador, e isso, de geração em geração.

3)Diante da injustiça, da destruição,  da dor e humilhação,  mesmo tristes, oramos a Deus ,  pois a oração funciona como orvalho, reverdecendo nossas vidas, fazendo brilhar nossas mentes, iluminando nosso olhos a fim de vermos a grandeza de Deus, confiando Nele; essa confiança gera esperança, esperança de que há um projeto javista para a humanidade, mesmo em meio às dificuldades e conflitos. Leiamos com atenção o Livro Das Lamentações e constataremos que a há adoração a Deus mesmo depois da queda, no funeral, em resumo, adoração e poesia em meio à dor.

Diante do supracitado, analisemos algumas das expressões relacionadas com a Adoração usadas atualmente no meio evangélico. Fala–se muito em:

“Adore a Deus que a Vitória vem!”.
Refutação: Não adoramos a Deus para receber a vitória, adoramos pelo que Ele é não pelo que Ele tem ou pode oferecer. Deus conhece os corações! Não nos enganemos...

Outra:

“Vou buscar a minha benção!”, que é uma expressão que tomou o lugar de: “Vou ao templo cultuar a Deus!”.
Pseudoadoradores, materialistas, humanistas, consumistas, capitalistas que se preocupam com o próprio ventre e nada mais! Busca-se a benção e tendo-a em mãos e só diversão sem compromisso.

Mais uma:

“Abra a boca e adore! Senão...”.
E quanto aos mudos? E quanto a Mãe de Samuel que balbuciava? Adoração não se resume a falar em alta voz, gritar, espernear, “sentar no colo”, dizer que “está apaixonado”, etc. Aprendi que a maior apreciação, ou reverência, é o seu tempo de dedicação. Vamos parar e dedicar um tempo diante do Deus Poderoso! Vamos contemplá-lo, passo a passo, “tintim por tintim”, tiremos a tapa dos nossos olhos. Será que Deus só está atento a aparente adoração dos pentecostais, renovados e neopentecostais que abrem a boca e dizem: “Glória a Deus e Aleluia!”? Não ouve Ele os histórico-tradicionais? Convenhamos também que não é aceito um tipo de adoração mumificada, mas, doravante, deixemos de lado os estereótipos irreligiosos que nos cercam e “... conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Oseias 6.3). 

Vamos nos dedicar mais ao Senhor? Dediquemo-nos a aprender, saber (ainda que de forma relativa) quem é o Senhor, estudar as coisas concernentes a Deus, conversar sobre Ele! Através da Bíblia passamos a ter noção de quem Ele é, nos informamos acerca Dele, reconhecemos e experimentamos Seu poder.

Por Fernando José.

Referências:
Dicionário VINE – W. E. Vine, Merril F. Unger, William White Jr. (CPAD, 2006).
Dicionário Mini Aurélio Século XXI – Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (Editora Nova Fronteira, 2001).
Bíblia – Edição Pastoral.

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